Os sois
já debruçaram suas manhãs
E as
luas já refletiram suas intenções.
As
minhas? São manhas!
São
movimentos incertos,
Moções
de inspiração em lampejos de desejo.
A mente
inquieta decifra novas intenções
E sugeri
um novo caminho em nova companhia.
A
pequena flama do desafio
Arvora
solitária contra o frio impregnado
E luta,
luta, luta...
Gemi,
persevera e clama.
Atendendo
ao apelo
A voz
intervém.
Uma
resposta é requerida!
O
silêncio ainda gelado resiste.
Revestido
de medo descarrega sua fúria
E a dor
irrompe mata adentro.
Sem dó
pisa firme, quebra a casca
E
desperta a fera já ferida.
Mas lá
é campo dividido
Minado
de intenções sorrateiras
Onde a
curva é estreita
E chuva
não cai... tudo é oco! É seco!
Uma
fagulha apenas...
Um
suspiro. É tudo que preciso!
Um
cisco de brasa nova e
O fogo se
espalha.
Cada
trincheira vencida
É uma
labareda que se inflama.
A flama
vitoriosa hasteia sua bandeira
E
clama: abra caminho!
E tudo
se fez novo.
Um novo
caminho em nova companhia
E um novo
jeito de enxergar:
A vida, os sois e as
luas.
Marcelo de O. Paschoal
Bhz, 18 de outubro de 2013.