quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Vida


A vida é arte
No palco da existência.
É lugar de encontro,
De sonhos atrevidos e
Pensamentos de coxia.
No embolado da vida
Seguem os desencontros.
Segue o guarda na guarita
Segue o peão e a marmita
Quando se abre a cortina.
A vida também é bela
Fantasiada de alegria
Nos olhos de outra cria que
Cria e recria a cena bela
Que acena pra pequena donzela.

Cada passo ensaiado
Segue o seriado.
Segue a novela,
O novelo de lã,
A sina de cada clã.
Segue o que é dito
O que não é visto e
O que não é bem quisto.

Segue a menina,
O rapaz na esquina
A paz de ninguém
A vida pra quem diz: amém!

No conceito de quem vive
A esperança sopra o ar
No peito que sobrevive.
A vida também se rebela
É fase na adolescência
É ciência, carência,
É a quebra da confidência.
É sonho e verdade
Maculados pela idade.
É sonho que oscila entre
A urgência e a obediência.

A vida também é morte
Morrendo ainda em vida.
É dor repentina
Que se repete na lida,
Na canção desvalida,
Da manhã atrevida,
No dia da partida.

Bhz, 06 de junho de2011.
Marcelo de O. Paschoal