segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Há sois





Os sois já debruçaram suas manhãs
E as luas já refletiram suas intenções.

As minhas? São manhas!

São movimentos incertos,
Moções de inspiração em lampejos de desejo.

A mente inquieta decifra novas intenções
E sugeri um novo caminho em nova companhia.

A pequena flama do desafio
Arvora solitária contra o frio impregnado
E luta, luta, luta...
Gemi, persevera e clama.

Atendendo ao apelo
A voz intervém.
Uma resposta é requerida!

O silêncio ainda gelado resiste.
Revestido de medo descarrega sua fúria
E a dor irrompe mata adentro.
Sem dó pisa firme, quebra a casca
E desperta a fera já ferida.

Mas lá é campo dividido
Minado de intenções sorrateiras
Onde a curva é estreita
E chuva não cai... tudo é oco! É seco!

Uma fagulha apenas...
Um suspiro. É tudo que preciso!

Um cisco de brasa nova e
O fogo se espalha.
Cada trincheira vencida
É uma labareda que se inflama.
A flama vitoriosa hasteia sua bandeira
E clama: abra caminho!
E tudo se fez novo.

Um novo caminho em nova companhia
E um novo jeito de enxergar:
A vida, os sois e as luas.


Marcelo de O. Paschoal
Bhz, 18 de outubro de 2013.
    

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