sábado, 22 de dezembro de 2012

Por dentro de mim





Há por dentro de minh`alma`
Sertões, veredas e enseadas,
Capoeiras, taperas e estradas.
Há por dentro de minh`alma
Portões, porteiras e cancelas,
Fechaduras, ferrolhos e tramelas,
Cuja essência escorre para
Umedecer minhas saudades...
 
Saudades dos olhos dela.
Há por dentro de minh`alma
Canções, desejos e poesia,
Sonhos e versos de alforria,
 
Cuja essência escorre para
Umedecer minhas saudades...
Saudades dos olhos dela.
Há por dentro de minh`alma
Orações, rezas e vela,
Pedidos e segredos de capela,
Cuja essência escorre pela vida
Umedecendo a saudade...
 ...Saudade dos olhos dela.


Autores: Carlos Cajarí / Marcelo Paschoal

 
 
 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Minas



Em tuas campinas
Meus versos declino
Em tuas montanhas
Reclinam meus olhos.
Terra de fazendas reais!
Teu cheiro
É canto e recanto,
Teu sabor
É apito de trem.
É Sussurro do vento,
É abraço de alguém.
É sonho e encanto,
É carro de boi,
É sorriso e pranto
Daquele que foi.
Minas,
Das estradas reais
Do cheiro de rosa
Da roça e dos currais.
Minas,
Semente de ouro
No rastro da história,
Uma conversa na praça
Uma lagoa de garça.
Um beijo de doce
Um doce no queijo.
Uma berço de ouro
Dos minérios gerais.
Um fogo de palha,
Um dedo de prosa
Um fogão a lenha,
Uma broa e um café.
Um caminho de arte
De um viver mineiro,
Um luar, uma fonte,
Uma vida além do monte
Um sempre belo
Mais que Belo... Horizonte.


Bhz, 22 de Junho de 2012
Marcelo de O. Paschoal

ESTRELA




Uma canção ecoa
No cais do pensamento:
Não caio mais
Na rede atroz
Já desfiz os nós
Não volto atrás.
Mudei meus  rumos,
Mudei de caminho,
Escolhi outra estrela.
Cansei da mesmice
Da regra invertida,
Da paz inventada,
Pavimentada no caos.
Cansei do amor fingido,
De palavras sem cor,
De abraço sem calor
Acalorado no medo
Num desmantelo sem valor.
Mudei meu rumo
Na luz daquela estrela.
Em seu rastro singular
Apontei meu desejo
De esperança repentina.
E, na alegria de quem se encontra
No achado do destino
Encontrei a paz
Aquela que ninguém traz
Mas que apenas se faz
No peito arrependido.

Por meio da fé




Viver na fé
É um desfio
Por meio dela
Contramão.
Mão que ajuda
Na partilha
Compartilha
A alegria
De mais um pão.
É um viver
Mais que contente,
Contentando-se
No ser.
Perseverança viva
No caminho
Esperança fresca
Pra viver.
 

A fé é certeza e farol
É Rocha e fundamento.
Luz pra quem caminha
Descanso e ensinamento.
 

No verbo encontra o cais
Um porto de esperança.
Linha de partida e paz
Na Vida que se refaz.
 
 
Bhz, 31 de agosto de 2012
Marcelo de O. Paschoal

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A VIDA



A vida é um presente,
Um dom.
Sopro divino,
Um vento de amor.
O momento é fugaz!
Passagem ligeira,
Um suspiro de tempo,
Um susto,
Uma lembrança,
Que ficou pra trás.
A VIDA no amor
Segue plena
Costurando cada momento
Na arte do Verbo criador.
Na luz revela o dia
Ainda que na alma
Brilhe a noite escura.
Seu desejo é ordem.
Sua vontade criação.
Plano bem traçado
Perfeitamente assinado,
Em cada coração.
A vida é um presente,
Um dom.
Sopro divino,
Um vento de amor.

 

Marcelo de O. Paschoal
Bhz, 23 de agosto de 2012


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mudança

Travessia

Mistério

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Improvável




Na terra espremida
De um lugar improvável
Segue a vida seu caminho
Na trilha de uma semente.
Por uma passagem torta
Nasce a beleza
Num tom singelo e frágil
Plantada pelo tempo
Sem mãos,
Sem pá,
Só pó.
Do pó se ergue
A vida desbravadora
Vestida de natureza frágil.
Prova clara
De um viver decidido.
Jóia rara
Na terra dos distraídos.


 
Foto:Google
Autor: Marcelo de O. Paschoal
Bhz, 19 de maio de 2012.



TEMPO, ESSE CICATRIZANTE




O que mais nos dói e atrapalha na morte de quem amamos, de imediato, é o desaparecimento súbito do corpo. Essa repentina falta de assunto para os olhos físicos, bem acostumados que são com o tom da pele, o jeito dos cabelos, os diferentes desenhos de sorriso para cada contexto, a linguagem do olhar, a expressão corporal que cada um tem para falar e silenciar. E também o som da risada, o registro da voz, a textura do abraço, músicas que os sentidos ouvem e correm pra contar para o coração.
Fica, de cara, uma ausência esquisita. Esse estranho fechamento das cortinas quando o show continua a acontecer para nós. Essa inexistência física de um lugar para onde ir que nos permita encontrar o que habitualmente encontrávamos. Até nos darmos conta de que existem outros olhos para ver, a tristeza nos perturba. E dói. Dói muito.
Depois que a minha avó morreu, muitas vezes eu me flagrei tirando o telefone do gancho no ímpeto amoroso de ligar para ela para dividir alguma alegria ou algum desconcerto, como eu sempre fazia. Era um embaraço constatar, segundos depois, ao ouvir o sinal da linha, que, pelos meios materiais, não havia um número para o qual eu poderia discar e ela pudesse atender com a voz que era dela. Aquela pergunta rotineira que somente ela fazia: "tudo azul com bolinhas brancas?"
Somente o tempo me trouxe o conforto de aprender a encontrá-la no meu coração. De ouvir as coisas que ela certamente me diria se pudesse me dizer. De ver e sentir o seu sorriso tão nítido, tão próximo, na minha memória, que faz tudo ficar ensolarado, mesmo quando é cinza o céu do meu momento. Ninguém morre quando continua no outro. Mas só o tempo
nos ensina o caminho dessa mágica do amor. Só o tempo, esse cicatrizante.


Autor(a): Ana Jacomo

terça-feira, 15 de maio de 2012

Lamparinas




Quanta beleza existe
Na luz de um luar?
Quanta luz a lua pode gerar
Se o sol desistir de brilhar?

Assim somos nós
Luzindo o amor de Deus.
Como luz de um amanhecer
Em cada gesto no viver.

Nada temos de bom!
A luz que em nós foi acesa
Vem do Pai de toda beleza.
Deixe sua luz brilhar!

A luz de Deus em nós
Ninguém pode apagar.
É luz perfeita de amor
Deixe sua luz brilhar!


Naquela Tarde



Naquela tarde
Eu não disse o que gostaria.
Saí sem disfarçar
Disfarçando meu olhar.
Naquela tarde,
Imaginei outro lugar
Olhando tudo em volta
Saí sem te encontrar.

Fugir de mim
Não é fácil!
Fácil é fingir,
Brincar de Esconder,
Preferir não ver.
Naquela tarde,
Tentei encontrar palavras
Novas pra dizer.
Mas eu  não sei o que fazer
Com as poucas que encontrei.
Mesmo perdido
Você soube me encontrar.
Naquela tarde!
Ah, que doce tarde!
Você leu meu coração
Quando cruzou o meu olhar.
Percebeu minha fraqueza,
Fantasiada de tristeza,
Na arte de representar.

Foi-se embora a tarde e
Seu amor me fez olhar
O que nunca pude imaginar.
Enxerguei outro caminho
Muito além da escuridão
Das loucuras do coração. 
Seu amor me fez cruzar
A fronteira do querer.
Me fez lembrar de nunca esquecer
Que sigo agora outro caminho.
Meu caminho agora é você!!!
 
 
 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Buscando a Deus - Teresa D`Ávila




Alma, buscar-te-ás em Mim.
E a Mim buscar-me-ás em ti.
De tal sorte pôde o amor,
Alma, em mim te retratar,
Que nenhum sábio pintor
Soubera com tal primor
Tua imagem estampar.
Foste por amor criada,
Bonita e formosa, e assim
Em meu coração pintada,
Se te perderes, amada,
Alma, buscar-te-ás em Mim.
Porque sei que te acharás
Em meu peito retratada,
Tão ao vivo esboçada,
Que, em te olhando, folgarás
Vendo-te tão bem pintada.
E se acaso não souberes
Em que lugar me escondi,
Não busques aqui e ali,
Mas , se me encontrar quiseres,
A Mim, buscar-me-ás em ti.
Sim, porque és meu aposento,
És minha casa e morada;
E assim chamo, no momento
Em que de teu pensamento
Encontro a porta cerrada.
Busca-me em ti, não por fora…
Para me achares ali,
Chama-me, que, a qualquer hora,
A ti virei sem demora,
E a Mim buscar-me-ás em ti.



Poesia - Tereza D`Ávila

quinta-feira, 22 de março de 2012

Estrela



Uma canção ecoa
No cais do pensamento:
Não caio mais
Na rede atroz
Já desfiz os nós
Não volto atrás.
Mudei meus  rumos,
Mudei de caminho,
Escolhi outra estrela.

Cansei da mesmice
Da regra invertida,
Da paz inventada,
Pavimentada no caos.
Cansei do amor fingido,
De palavras sem cor,
De abraço sem calor
Acalorado no medo
No desmantelo sem valor.

Mudei meu rumo
Na luz daquela estrela.
Em seu rastro singular
Apontei meu desejo
De esperança repentina.
E, na alegria de quem se encontra
No achado do destino
Encontrei a paz
Aquela que ninguém traz
Mas que apenas se faz
No peito arrependido.

Fim de Tarde



Na rede,
Tudo parece mais tranquilo.
No coração,
Balança um desejo vespertino.
Meus olhos,
Libertos do caminho habitual
Desvendam mistérios.
Meu olhar
Quase declinando
Descansa na brincadeira
Pueril de uma criança.
No rosto cansado
A alegria toma forma
Na oração de meu suspiro.
E o sorriso esboçado
Na arte de repousar
Revela meu contentamento
Livre do velho tormento
Em cada balançar.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Entusiasmo



"Entusiasmo é quando o coração da gente fica todo florido de Deus".

Frase: Ana Jacomo
Foto: Regina de Bentes

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tarde de verão