quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Minas



Em tuas campinas
Meus versos declino
Em tuas montanhas
Reclinam meus olhos.
Terra de fazendas reais!
Teu cheiro
É canto e recanto,
Teu sabor
É apito de trem.
É Sussurro do vento,
É abraço de alguém.
É sonho e encanto,
É carro de boi,
É sorriso e pranto
Daquele que foi.
Minas,
Das estradas reais
Do cheiro de rosa
Da roça e dos currais.
Minas,
Semente de ouro
No rastro da história,
Uma conversa na praça
Uma lagoa de garça.
Um beijo de doce
Um doce no queijo.
Uma berço de ouro
Dos minérios gerais.
Um fogo de palha,
Um dedo de prosa
Um fogão a lenha,
Uma broa e um café.
Um caminho de arte
De um viver mineiro,
Um luar, uma fonte,
Uma vida além do monte
Um sempre belo
Mais que Belo... Horizonte.


Bhz, 22 de Junho de 2012
Marcelo de O. Paschoal

ESTRELA




Uma canção ecoa
No cais do pensamento:
Não caio mais
Na rede atroz
Já desfiz os nós
Não volto atrás.
Mudei meus  rumos,
Mudei de caminho,
Escolhi outra estrela.
Cansei da mesmice
Da regra invertida,
Da paz inventada,
Pavimentada no caos.
Cansei do amor fingido,
De palavras sem cor,
De abraço sem calor
Acalorado no medo
Num desmantelo sem valor.
Mudei meu rumo
Na luz daquela estrela.
Em seu rastro singular
Apontei meu desejo
De esperança repentina.
E, na alegria de quem se encontra
No achado do destino
Encontrei a paz
Aquela que ninguém traz
Mas que apenas se faz
No peito arrependido.

Por meio da fé




Viver na fé
É um desfio
Por meio dela
Contramão.
Mão que ajuda
Na partilha
Compartilha
A alegria
De mais um pão.
É um viver
Mais que contente,
Contentando-se
No ser.
Perseverança viva
No caminho
Esperança fresca
Pra viver.
 

A fé é certeza e farol
É Rocha e fundamento.
Luz pra quem caminha
Descanso e ensinamento.
 

No verbo encontra o cais
Um porto de esperança.
Linha de partida e paz
Na Vida que se refaz.
 
 
Bhz, 31 de agosto de 2012
Marcelo de O. Paschoal